ELETRÔNICOS

Uma família eletromusical!

 

    Esta família compreende os modernos instrumentos musicais, que se utilizam de tecnologia mais recentes, como a Eletrônica e a Informática.

    A consolidação dos Eletrônicos passou a vigorar nos anos 60 - 70 e, até os nossos dias, vêm recebendo otimizações e avanços tecnológicos.

    Sugerimos a quem quiser ou necessitar de informações técnicas mais detalhadas e precisas, recorrer a literatura específica sobre os mesmos, já que tais instrumentos musicais assentam-se sobre tecnologias especializadas.

Guitarra Elétrica | Baixo Elétrico | Órgão Eletrônico | Piano Elétrico | Piano Digital | Teclados Eletrônicos | Sintetizador | Bateria Programável | Outros

GUITARRA ELÉTRICA

 

Guitarra elétricaMembro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico)

    Esta modalidade, bastante conhecida, apresenta-se em nossa referência como o Guitarra Elétrica, cuja produção musical faz-se através de dispositivos eletrônicos, amplificadores, reverberadores, enfim, toda a aparelhagem destinada a sustentar a sua performance.

    Não nos referimos ao Violão acústico com apoio de microfones, ou ao Violão dinâmico também com recursos amplificadores, porque nestes casos, o som é produzido principalmente através de suas caixas harmônicas.

    Na Guitarra Elétrica, por não possuir uma caixa harmônica, toda a sua ressonância é feita eletronicamente. Ao lado, Guitarra Elétrica Hohner, Super Jazzline Natural .

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BAIXO ELÉTRICO

Membro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico)

    Considerações idênticas às da Guitarra Elétrica, o Baixo Elétrico também é uma transformação de seu análogo acústico e apresenta vantagens e comodidades, oferecidas pela tecnologia.

    O Baixo Elétrico, como é tocado atravessado sobre o peito do executante, é também chamado de Baixo-guitarra.

    Possui quatro ou cinco cordas e o seu timbre é bastante baixo, redondo e melodioso.

Baixo Elétrico

Baixo Elétrico Fender, modelo Jazz Bass.

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ÓRGÃO ELETRÔNICO

Órgão Eletrônico

Órgão Litúrgico Eletrônico Generalmusic SL-200

Membro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico).


    O Órgão Eletrônico difere fundamentalmente do Órgão da família Tubos / Vento. As únicas similitudes são, os teclados, os registros, as pedaleiras e o móvel. Os sons do Órgão Eletrônico, assim como todos os seus controles de altura, timbre, vibratos e apoio rítmico, são gerados por placas de circuitos impressos e demais dispositivos de tecnologia eletrônica. Entretanto, até chegar-se ao Órgão Eletrônico, a evolução passou pelo Órgão Eletromecânico, que aliava os princípios tradicionais a uma ajuda eletromecânica, através de um motor que acionava uma ventoinha, suprindo de ar o instrumento. É o conhecido Órgão Hammond, muito utilizado no Jazz por inúmeros executantes. O Órgão Eletrônico propriamente dito surgiu na década de 1950 e apresentava uma resolução totalmente eletrônica, suplantando o Órgão Eletromecânico porque resolvia o problema de peso e tamanho (dimensões), apresentando, desta forma, maior transportabilidade. Há uma perfeição notável na qualidade dos sons criados pelo Órgão Eletrônico, chegando-se à perfeição de existir, nesta modalidade, o Órgão Litúrgico Eletrônico da Generalmusic (SL-200), que apresenta uma resolução fantástica. Atualmente, encontramos o Órgão Digital, utilizando tecnologia PCM (Pulse Code Modulation), com suporte de acompanhamento (Bateria) e seqüenciador próprio.

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PIANO ELÉTRICO

Membro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico).


    O Piano Elétrico, ou Piano Eletrificado, representa a transformação do Piano Acústico, mediante a aplicação de subsídios eletrotécnicos ou eletrônicos, passando por inúmeras modificações até chegar-se a versões mais modernas desta evolução. Inicialmente, na década de 1940, tentou-se substituir, no Piano Acústico, as suas cordas convencionais por hastes de metal, percutidas por martelos de borracha. Cada haste de metal possuía, junto a si um microfone que, através de um amplificador, otimizava o som produzido. Posteriormente, utilizando o mesmo princípio, passou-se a empregar palhetas para a produção do som, com resultados não muito satisfatórios. Como exemplo, cita-se o Piano Elétrico Wurlitzer, criado na década de 1950. Os primeiros Pianos Elétricos, ainda que com recursos eletrônicos, costumavam não apresentar dinâmica (sensibilidade) nas notas produzidas, isto é, ao premir-se uma tecla, suave ou fortemente, o som produzido soava segundo a mesma intensidade, constante. Porém, eram incursões na pesquisa, que propiciaram o desenvolvimento futuro de instrumentos mais perfeitos, como o Piano Elétrico Fender Rhodes e outros.

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PIANO DIGITAL

Piano Digital

Piano Digital Generalmusic RP

Membro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico).


    Pode-se considerar que o Piano Digital representa O Piano Elétrico evoluído em todos os seus predicados. Realmente, o Piano Digital, chamado também de Real Piano, apresenta uma qualidade de reprodução pianística excelente, com a grande vantagem de suas teclas apresentarem dinâmica de toque, isto é, sensibilidade dinâmica. 
    Assim como o Piano Acústico, o Piano Digital desfila as suas oitenta e oito teclas tendo, portanto, a mesma extensão de escala. Mesma, também, é a técnica que requer de seu executante.
Cabe aqui o relato de um fato curioso. O músico César Camargo Mariano, grande pianista, compositor e arranjador, possui um Piano Digital instalado em um móvel, imitando um Piano de cauda. O material do invólucro é de plástico preto e ninguém percebe o Piano Digital no bojo da montagem, quer pela esmerada construção do móvel, quer pela excelência do som pianístico produzido. Uma montagem muito inteligente!
    Uma linha de Pianos Digitais bastante avançada é produzida pela Generalmusic. Além de todos os recursos disponíveis, estes instrumentos musicais apresentam características interessantes: simulação de ressonância de cordas livres, simulação do ruído do martelo mecânico, etc. O Piano Digital tipo RD da Roland também apresenta uma performance admirável, no que diz respeito a timbre e demais qualidades do velho Piano Acústico.

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TECLADOS ELETRÔNICOS

Teclado

    Membros da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico)

    Teclado Eletrônico, ou Keyboard, é um instrumento musical de tecnologia totalmente eletrônica, capaz de reproduzir, com perfeição, as vozes de diversos outros instrumentos musicais, variados timbres, inúmeros efeitos e apoio rítmico de muitas opções.
    Quando de seu surgimento, representou um grande sucesso, tanto para os profissionais do ramo, quanto para os diletantes da Música. Realmente, a partir da década de 1980, o Home Keyboard, ou Teclado Caseiro, teve uma considerável comercialização, mercê de seu relativo baixo custo e de sua condição portátil. Encontram-se Teclados Eletrônicos de várias fabricações, como Casio, Kawai, Roland, Yamaha, entre outros, com extensões de quatro oitavas, cinco oitavas ou até com oitenta e oito teclas, o que corresponde a uma extensão de sete oitavas justas e uma terça maior. Modelos mais modernos apresentam dinâmica de teclado (sensibilidade). O Teclado Eletrônico ensejou o aparecimento de outros instrumentos sucedâneos, como o Sintetizador e o Sampler. 

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SINTETIZADOR

        Membro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico).

    Dentre os vários instrumentos musicais de teclados, com lógica eletrônica, podemos dizer que os Sintetizadores são instrumentos inteligentes.
    Nas décadas de 1960 / 1970, surgiram os primeiros Sintetizadores e suas qualidades resultaram tão boas que os fabricantes atuais de novos instrumentos similares copiam digitalmente os seus sons. Os antigos Sintetizadores são chamados de Vintage, que é o apelido que se dá aos velhos vinhos de qualidade!
    Os Sintetizadores são instrumentos musicais que possuem excelente afinação, extensa disponibilidade criativa de sons e timbres, com a possibilidade de ter um seqüenciador embutido. Um dos primeiros Sintetizadores comercializados foi o Minimoog, analógico, monofônico e portátil, criado por volta de 1971. Outros Sintetizadores surgiram, em seqüência, nesta década de 1970, sendo polifônicos. Estes Sintetizadores analógicos utilizavam uma complexa tecnologia de protocolos, tais como VCO, VCF, EG, ADSR, kits de MIDI, etc, que possibilitavam a comunicação com outros teclados ou microcomputadores, modelando timbres e propiciando outros procedimentos artísticos.
    Dispõe, ainda, o músico moderno de instrumentos com seqüenciadores que, além de comandar os sons internos do instrumentos, controla sons externos (via MIDI), grava em tempo real ou a passo-a-passo, edita, faz cortes, colagens, transposições, etc.
    Os Sintetizadores Digitais, de recente tecnologia Digital, apareceram a partir dos anos 1980, como o Roland, Korg, Yamaha, Kaway, E-um, etc.
    Constata-se, então, que o músico moderno trabalha com instrumentos e aparelhos conectados a computadores, devendo possuir, além do seu talento musical, boa disposição para a Informática.
    O Sampler, comentando-se de uma forma bastante resumida, é um teclado que processa informações sonoras desde a sua entrada de gravação. Muito empregado em estúdios de gravações, portanto um instrumento profissional, o Sampler apresenta uma enorme gama de reproduções de sons de outros instrumentos, desenvolvendo sons previamente gravados, ou "sampleados" e modelando os timbres dos sons gravados em sua memória interna. 


    

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BATERIA PROGRAMÁVEL

    Membro da família dos Eletrônicos (V. Quadro Sinótico)

    Este instrumento musical eletrônico é na verdade um equipamento bastante compacto, capaz de reproduzir, com fiel tradução, todos os sons e ritmos de uma Bateria convencional.

    Através de sua programação, desenha-se todo o esquema rítmico da bateria, com todos os seus efeitos e intervenções, rufos, pratos, repiques, etc.

    A qualidade da reprodução é notável, como por exemplo a Bateria Programável Kawai GB-4.

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OUTROS

    Existem outros instrumentos musicais eletrônicos, como o Trompete Eletrônico e o Saxofone Eletrônico, como exemplos

LyriconUm tipo bastante avançado de Saxofone Eletrônico é o Lyricon. Trata-se de um Saxofone controlado analogicamente por um Sintetizador, possuindo as características musicais de um Saxofone Soprano, porém diferente no procedimento artesanal de execução. As suas chaves, na verdade são comandos eletrônicos e há em seu bojo sensores para detetar a dinâmica do sopro, informações estas enviadas à caixa de controle (estojo) , através de cabo eletrônico multipolar. O Lyricon, apresenta uma extensão de escala de sete oitavas, sendo três oitavas próprias do instrumento e quatro oitavas através de transposição eletrônica do Sintetizador. Wayne Shorter é um eventual usuário deste instrumento musical.

    Já do Trompete Eletrônico, apresentamos a informação resumida de que se trata de dispositivo eletrônico, plugado na campânula do instrumento, muito similar ao aparelho eletrônico "silente Trompete", utilizado em estudos (v.adiante).

    No Jazz, os modernos músicos não ficaram imunes à atração dos novos instrumentos musicais eletrônicos e souberam aproveitar deles todos os seus recursos e encantamentos. Grandes e importantes trabalhos foram realizados.

violino SilenteCabe aqui um interessante registro dos instrumentos "Silentes", isto é, aqueles que produzem a chamada "Música Silenciosa". Embora de construção puramente convencional, com algumas modificações, os instrumentos silenciosos utilizam-se de tecnologia eletrônica para retirar dos mesmos os seus sons acústicos e enviá-los diretamente aos ouvidos dos executantes, através de fones. dispensam, desta forma, as suas caixas de ressonância e o som é obtido diretamente das cordas. para os instrumentos de sopro, o som externo que se ouve é abafado e tímido, porém o enviado aos ouvidos do músico é forte e real. A Yamaha vem desenvolvendo uma série destes instrumentos absolutamente silenciosos, cujo emprego tornam-se bastante úteis a estudos, ensaios, criações e repetições de determinadas passagens, sem interferir no "universo exterior" do executante. A violinista Martha Mooke, de Nova Iorque, afirma enfaticamente: "Quem toca um instrumento destes ouve o real som do violino, mas sem fazer barulho". Nesta linha instrumental podem ser encontrados diversos instrumentos silenciosos: Violino (ao lado), Violoncelo (abaixo), Trompa, Trompete, Piano e até Bateria, onde os seus elementos percussivos deixam de ter a convencional pele, a qual é substituída por membranas de borracha que abrigam inúmeros micro sensores sensíveis, que percebem a dinâmica da batida. Isto é incrível!

 

 

 

Violoncelo Silente

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