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Este trabalho literário não quer ser um tratado erudito e especializado sobre Jazz, porque falta muito para atingir este patamar. Também não deseja apresentar-se como um compêndio didático e escolástico, porque não foi elaborado baseando-se em qualquer organização curricular. Trata-se de um bate-papo !
Sabem, aqueles bate-papos amenos, que se empreendem com alguém, sem compromissos dialéticos ou para consagrar doutrinas absolutas? É esse o nosso bate-papo ! E, como um bom papo-furado, espera de seu interlocutor um retorno crítico, a fim de aperfeiçoar esta conversa jazzística.
O nosso objetivo geral, neste trabalho, é darmos algumas dicas amigáveis, que julgamos pertinentes e interessantes. Não são conselhos, pois conforme a velha piada, se conselho fosse bom, não seria dado e sim vendido.
Arriscamos afirmar que todo o estudante de Música, quer erudita, quer popular, todo aquele que cultive ou goste de um bom som, deve conhecer o Jazz. Dito assim, pode parecer tratar-se de um axioma ditatorial, mas não é nada disso.
O Jazz é uma música riquíssima, com belas melodias e com uma harmonia particularíssima e atraente. As sutilezas do Jazz são inúmeras e há uma exuberância enorme, no aspecto rítmico e contrapontístico, com construções inteligentes e surpreendentes. E ainda, o Jazz permite a liberdade dos chorus improvisativos, o que proporciona ao executante um espaço de criatividade e de toque pessoal, conferidos ao seu talento.
E, por estas razões o Jazz traz, indubitavelmente, aos estudantes, aos músicos em geral e aos diletantes uma nova e ampla concepção das estruturas musicais, abre novos horizontes e desenvolve, em seus trabalhos artísticos, uma prática de inovação e criatividade. Traz, ainda, um sentimento de liberdade e perfeição em suas culturas musicais, porque Jazz é beleza e liberdade.
Afirmamos, então, com toda a certeza, que o Jazz ajuda e colabora com qualquer outro estudo musical , popular ou erudito, além de proporcionar bons momentos de cultura e entretenimento. A aceitação e o conhecimento do Jazz, como uma cultura musical paralela àquela que se realiza, não interfere em nada nesta carreira principal, ajudando-a e servindo positivamente como um incentivo.
Para os apreciadores não músicos (paramúsicos!), aconselhamos não considerar aquele velho ditado : "Quem sabe toca, quem não sabe bate palmas". Mesmo quem nada saiba sobre Música, mas dela goste e sinta disposição em abraçá-la, não deve dar a mínima ao ditado. Conheça Música, aprenda Música, Cultive Música !
A Música é a modalidade das Artes mais acessível ao povo. Duvidam? A divulgação da Música é maciça, através de gravações, Rádio, Televisão, Cinema, Internet, apresentações ao vivo, bailes, boates e outros meios de comunicação. É a Arte que participa diariamente em nossas vidas, estando presente em todos os acontecimentos, alegres, tristes, dramáticos, esportivos, militares, políticos, etc.
E quem for apaixonado por um instrumento musical, não deixe esfriar este impulso. Procure adquiri-lo, que será muito gratificante ! O Brasil fabrica instrumentos musicais de altíssima qualidade, igualando-se aos produzidos no Primeiro Mundo, de tipos e famílias as mais diversas. Os instrumentos musicais, relativamente, não custam tão caro, e há os de segunda mão, a preços bem mais acessíveis.
Para quem gosta de cantar, pronto ! Já possui o seu instrumento musical, que é a sua voz. Solte a sua voz, eduque-a, treine-a e não tenha receio de apresentá-la, sempre que possível. É impressionante constatar que, com o auxílio de estudos e técnicas específicas, a qualidade vocal evolui e se aprimora acentuadamente.
Uma dica importante: geralmente, os clubes ou as prefeituras das cidades possuem a organização de orquestras, bandas, fanfarras, corais, etc. Filiem-se e participem ! Ou, se preferirem, formem conjuntos, bandas, grupos musicais. Soprem, dedilhem, percutam, agitem, cantem, façam bastante barulho.
É muito salutar !
Observação: Neste trabalho literário, as palavras que encerram uma abrangência conceitual ou representam um significado ponderado no assunto tratado, estão grafadas em negrito, sendo que algumas delas comparecem à seção Baú de Informações.